É o ATFC, pois claro!

No meu ponto de vista, um clube resume-se à partilha de experiências em grupo. Todos quantos integram ou integraram o ATFC contribuiram para o acumular de vivências conjuntas. Umas boas, umas assim, assim, outra más. Penso não me enganar se disser que a maior parte foram boas. Reparem que o que fica da nossa passagem pelo clube são certos episódios. Tentem imaginar-nos daqui a 20 anos, sentados a uma mesa a embubadar-nos à grande e a falar do passado. Ai quantas saudades não teremos das roscas do Cadelas, dos "caralhas" do Castela, dos frangos do Chumbo e do Grelhas, dos lumes do Burro no campo dos Foros que, ao rarificar o oxigénio no ar, nos puxava mais pela resistência física, dos rumores do mercado de verão, em que os gigantes Brunheiradas e Chouto faziam temer a continuidade do ATFC, dos frangos do Chumbo e do Grelhas, dos oices, das cuecas do Brasileiro, dos frangos do Chumbo e do Grelhas, da rebarda do...bem, da rebarda de todos, dos copinhos de vinho do porto no balneário de Tancos, dos jantares míticos depois dos jogos com as Arreciadas, em que a psicopatia e o alcoolismo eram mestres de cerimónia, da vez em que um certo e determinado jogador conseguiu permanecer cerca de 20 segundos em campo ( sequência temporal: entra, 5 segundos depois vem um jogador das Arreciadas lançado, durante 5 segundos aponta-lhe bem às canelas, arranca para ele e 5 segundos passados e ainda que a bola já estivesse 10 metros à sua frente, acerta-lhe em cheio, 5 segundos depois o jogador cai, depois de um voo de 15 metros, o arbitro mostra o vermelho e o dito jogador sai de campo), da gritaria da Maria Rosa e demais Water Girls a exultar a cabeça do arbitro e relacionados apetrechos corneos, enfim, um piparote de histórias que, espero bem, ainda possamos acrescentar umas quantas nestes anos em que ainda vamos estar no activo futebolístico.