quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Saber ganhar e saber perder

No futebol, ganha-se e perde-se. Há quem ganhe mais, há quem perca mais. Mais importante, há quem saiba ser altivo nas vitórias e derrotas e há quem não saiba nem perder nem ganhar. Isto aplica-se a jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos. Sobre os primeiros, muito haveria a dizer, mas serve este post para falar em exclusivo sobre a forma como os adeptos vivem as vitórias e derrotas do seu clube.

Se já me é impossível despir a camisola do Glorioso, envergo-a agora ainda com mais convicção. Perdemos 5-0 com um rival. Fomos cilindrados sem apelo nem agravo. Como se costuma dizer, sem espinhas. Sobre a conduta do adversário serei sempre crítico e defensor da verdade, mas neste encontro venceu com todo o mérito. São muitas as explicações para a derrota, mas não me quero alongar sobre isso. Quero apenas dizer que tinha, tenho e continuarei a ter o mesmo orgulho no meu clube. Tudo o que ele representa para mim está imaculado. Estou muito triste pela derrota, mas isso não belisca em nada o meu amor incondicional pelo clube. É aqui que queria chegar. Estes são os adeptos do Benfica. Há semelhança de todos os clubes, na vitória, há adeptos que deliram e vão para a rua festejar e gritar que o seu clube é o maior e o amam até à morte e passam o tempo a provocar os amigos de outros clubes, mas quando perde vem logo o "eles é que ganham o dinheiro, eu estou lá para me preocupar com isso" ou, ainda pior, "ah, eu nem ligo muito...olha, sou do que ganha". Sou do Benfica quando ganha por 5 e quando perde por 5. Quem quiser gozar-me pela derrota, força, cá estarei para dar o corpo às balas pelo meu Benfica. Se há coisa positiva por uma derrota desta expressão é a possibilidade de ver quem é mesmo do clube e quem é do clube quando ganha. Benfica, incondicionalmente!

8 comentários:

Anónimo disse...

Nem vale a pena comentar este post.

Alex, quanto ao conceito de adepto fidedigno e leal ao seu emblema, concordo.

Quanto ao lampiosismo execssivo, repudio.

Gostei da parte do comentário dos que só são benfica para as vitórias e criticam sem dó nem piedade quando o clube perde. Faz-me recordar o ATFC nos tempos aureos, em que as vitórias eram uma constante e as criticas mal se ouviam com muita gente a ver a bola. Agora para o final, quando os resultados já eram outros, o rumo alterou-se e no momento em que o clube precisava de maior apoio o que tinha era criticas e mais criticas. Lamentável!

Ssantos

Alex disse...

Para esclarecer, eu escrevi este post enquanto benfiquista, porque não consigo despir a camisola, mas a mensagem subjacente não se resume ao Benfica. Penso que o exemplo que dei abrange todos os clubes, inclusivé e como bem referiste, o ATFC.

Quanto a "lampiosismo excessivo", desculpa, mas não conheço esse conceito. Pedia-te até para me dizeres onde é que, neste post, levei longe de mais a minha condição de adepto do SLB. Na minha opinião, é-se excessivamente de um clube quando se ignoram convicções e valores pessoais para defender o clube, por vezes em situações indefensáveis. Bem sei que para alguém que não é do Benfica pode ser difícil de entender, mas o Benfica não é o Jesus ou o Aimar ou o David Luiz. Naquela camisola está o Eusébio, o Coluna, o Chalana, o Humberto Coelho, o Julinho, o Rogério Pipi, e acima de tudo o povo que no meio da miséria tinham e têm no Benfica uma das poucas (a única?) alegria das suas vidas. Não queria "clubitizar" este post, mas não me deixaste outra alternativa com aquela tirada do "lampiosismo excessivo"!

Anónimo disse...

SCP em grande!

2-0 ao intervalo.

A ultima vez que vi algo parecido levamos 3 na pá,literalmente falando.

E o pessoal do Inatel, uma vez que o ATFC e os mais chegados ando afastados, alguém poderia dizer o que se passa nos campos, os reforços, os dérbies, etc... Pelo menos da equipas da zona de ABT Sul.

Cptos
SSantos

Anónimo disse...

Feito inedito me traz a este magnifico blog para descrever um relato fantantástico de um anuncio de um multinacional de grande prestigio do ramo das telecomunicações, Vodafone. Pois bem, a Vodafone no seu último anuncio a um novo pacote promorcial, usa um "OICE". Pois bem, para todos os que pensavam no "labreguismo" de dizer um "oice" eis que alguém se lembra de o prestigiar. Ao Director de Marketing da Vodafone os meus parabéns. Com esta decisão vai chegar a um nicho de mercado por explorar. Os pastores, agricultores e os demias ilustres que vivem nos cofins do mundo. Sensacional...

Um bem haja a todos.

SSantos

Anónimo disse...

Para quem quiser acompanhar o inatel, passem por um blogue de um jogador das Sentieiras que acompanha o campeonato por completo, com resultados e classificacoes sempre actualizados.

http://cantinhodoprimeiroandar.blogspot.com

as equipas de Abrantes jogam o Grupo A e Grupo B.

Saudaçoes desportivas para o pessoal de Agua Travessa!

Alex disse...

SSantos, nunca tive dúvidas que o OICE tinha todas as condições para outros voos. Sabia que, caso não lhe cortassem as pernas, mais cedo ou mais tarde, iria andar nas bocas do mundo, a espalhar a sua classe. Temo, no entanto, que se perca a génese da palavra. Como sabes, o OICE é muito mais que quatro letras. Sem a devida entoação exclamativa, torna-se uma palavra banal como bidé ou sovaco. Agora, se devidamente dita, (OOIIICEEEEE!!!) é capaz de arrancar lágrimas aos mais durões, Chuck Norris, incluído.

Anónimo disse...

Alex...

Não venhas com tretas. Um OICE é sempre um OICE. E se vieres com essas tretas gramaticais para criar mais confusão não te safas. Os nossos avós ficariam ofendidos com tais comparações.

Agora imagina o OICE com a compatibilidade gramatical do novo acordo ortografico. Mais, não é só a gramática, é também a transmissão cultural que deriva deste acordo onde incluimos palvras como o OICE. Já viste um brasileiro a dizer OICE. Agora imagina OICE em criolo ou em português angolano ou moçambicano.

Chega de parvoice. Está na hora de ir dormir. Está um calor dos diabos e não apetece, mas tem de ser.

Bem haja.

Zé Alex vê se tratas do jantar de natal do ATFC.

Alex disse...

Anónimo, antes de mais deixa-me dizer-te que também eu aprecio escrever com um ou 2 ltos de alcool no bucho. Fiquei sem perceber se defendes que o OICE deve ser espalhado pelo mundo ou protegido sob o olhar atento dos de quem o entende e lhe dará o devido uso. De qq das formas o que temo é que a globalização do OICE o vulgarize e lhe retire toda a mensagem que encerra. Um pouco como o arroto. Se em tempos idos um arroto bem puxadinho representava satisfação pela refeição, hoje em dia qualquer animal arrota, mesmo com o estômago vazio. Não quero ir à mercearia comprar nabiças e, na despedida, receber um "então resto de bom dia, saúde e oices com fartura".