Sim, nós pódemus!

Qualquer clube, mesmo que profissional, vive de ciclos. Uns bons, outros nem por isso. O ATFC não foge à regra. Depois do fulgor natural de início de vida, entrámos num período mais morno. A equipa de futebol dos primeiros anos fragmentou-se, os dirigentes e adeptos perderam energia. Não existe drama nenhum neste adormecimento. Sinto que estamos numa encruzilhada. Continuar assim, desistir ou renovar o empenho inicial? Confesso que estive pessimista. Hoje, sinto que podemos mudar o nosso destino. É o caminho mais difícil, mas o mais recompensador. Desistir seria o mais fácil. Sei, contudo, que não é dessa fibra que os dirigentes que sempre deram a cara e o suor, são feitos. Sei também que muitos jogadores sentem orgulho em representar o nosso ATFC. Há, para além disso, pessoas que até aqui não pertenciam ao clube, que estão empenhadas em contribuir e tudo fazer para manter o nosso clube vivo. Penso que seja altura da direcção abrir o clube a elementos mais jovens e a todos aqueles que têm uma genuína vontade de ajudar o clube. Dar-lhe responsabilidade e exigir responsabilidade. Sabemos que numa aldeia pequena não é fácil encontrar muitos jogadores. O regresso do Élio e, se tudo correr bem, a minha e de mais jogadores que outrora representaram o clube, vai concerteza ser importante. A continuação dos elementos do ano passado que, com todas as dificuldades, nunca desistiram será fundamental. É responsabilidade dos mais velhos (em que me incluo, apesar de ter andado afastado por uns tempos), passar os valores que sempre caracterizaram este clube. Temos de estar empenhados em fomentar a camaradagem e fazer com que todo o tempo no clube (treinos, jogos, petiscos, festas) seja um enorme prazer e nunca uma obrigação. Eu acredito que isso seja possível. E sim, nós pódemus!