Decorreu na paz do Senhor, mais um jantar de Natal do ATFC. A noite estava agradável do ponto de vista de pinguins ou ursos polares. Nós, meros humanos, passámos por dificuldades. Nem um ou outro abraço mais másculo (entenda-se como com valentes pancadas nas costas e rins) em amigos de longa data, fizeram a temperatura aumentar.
Quando alguns já apresentavam estalactites a pender do nariz, lá tivemos ordem para entrar...não sem antes bebericar uma taça de espumante. Desde logo, houve um ataque cerrado e constante à mesa de petiscos. A petinga sofreu instantâneamente um duro golpe, sendo imediatamente seguida por um bombardeamento ao carriço. As baixas iam-se sucedendo com a orelha, a morcela e o presunto a suplicarem por reforços. A chacina foi total. A família agua travessence (como aliás se previa) arrasou por completo as mesas de pitéus. Virada esta página, seguiu-se o jantar. Lombo de porco com farinheira, batatinhas no forno, arroz de caril e selada. O jantar em si não terá sido um manjar dos deuses do Olímpo, mas penso que todos terão enchido a pança a gosto. De resto, o objectivo do jantar ultrapassa por completo a mera ingestão de alimentos. A festa é sempre uma oportunidade única de rever bons amigos e partilhar brindes com eles. A propósito, o vinho estava bem apetitoso e os presentes não deixaram goelas por mãos alheias e lançaram-se ao vinho como se de alcoólicos profissionais se tratassem...bem, se calhar...Enfim, como não podia deixar de ser houve um ou outro copito a mais, mas não o suficiente para vermos strips masculinos em cima das mesas. Valha-nos o Senhor por nos ter poupado a tamanha pouca vergonha! Por fim tivémos ainda uma mesa de sobremesas bem recheada com o bolo rei, o arroz doce, e mais uns doces que não averiguei pois estava a debater determinadas matérias com uma garrafa de tintol.
Tenho a destacar um feito inédito nos jantares de Natal. Houve fado! Podem dizer "epá, mas isso costuma haver sempre que o pessoal do ATFC se junta". Sim, meus piquenos, mas desta feita o cantor não soluçava, enrolhava a língua e parecia estar a ser assolado por rajadas de vento de 100 Km/h. Creio não estar em erro, mas foi a namorada?mulher? de um jogador que nos presenteou com uns fadinhos. Excelente interpretação, sobretudo pelo facto de ter cantado à capela, o que é sempre bastante difícil. Foi sem dúvida uma grande e boa surpresa da noite. Para terminar em beleza mais uma actuação brilhante de um tema maior da música popular portuguesa "A mula da cooperativa". Interpretação única e...especial, a cargo da dupla maravilha moquitas-caric. Fixem estes nomes! Pela quantia certa (de vinho), fazem igualmente baptizados, bodas, aniversários, funerais, primeiras comunhões, crismas...
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário